Na manhã desta quarta-feira, equipes da Comlurb que realizavam a limpeza da orla durante a ressaca encontraram cinco pinguins mortos ao longo das praias da Zona Sul e Oeste do Rio. Dois deles foram localizados na praia do Arpoador, enquanto os outros três estavam na areia da Barra da Tijuca. A companhia acionou o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) e o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (MAQUA), da UERJ, responsáveis pela coleta dos animais para análise. Após a coleta, os corpos foram encaminhados ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica.
Suellem Santiago, coordenadora da Econservation, empresa responsável pela execução do PMP, explicou que a presença de pinguins no litoral do Rio durante o inverno é algo comum. Segundo ela, os animais saem da Patagônia em busca de águas mais amenas, fugindo do frio extremo da região.
— A maioria desses pinguins são jovens em sua primeira migração. Chegam exaustos, desnutridos e em hipotermia. Por estarem tão debilitados, muitos acabam encalhando — explicou Suellem.
Ela ressaltou que, quando encontrados ainda vivos, esses animais são levados a centros de reabilitação, onde recebem os cuidados necessários até estarem aptos a retornar ao mar. No entanto, nem todos conseguem sobreviver à longa e exaustiva jornada.
— É frequente encontrarmos animais que não resistem ao esforço e já chegam sem vida às praias — completou.
No início do mês, garis da Comlurb já haviam encontrado quatro pinguins mortos na Praia da Reserva, entre a Barra e o Recreio. No mesmo dia, outro pinguim foi achado no Arpoador, mas desta vez com vida. Ele foi avistado por um banhista, que acionou a equipe do PMP. Em estado de hipotermia e bastante fraco, o animal foi encaminhado à Unidade de Estabilização do PMP, em Botafogo, para tratamento.