Condomínio no shopping: tendência do mercado imobiliário inspira Casa Cor Rio 2024, no Fashion Mall; veja ambientes

Facebook
WhatsApp
LinkedIn

Sai o casarão antigo e amplo, cercado de verde, e e entra um condomínio fictício, com vista para a beleza da paisagem ao redor, instalado num shopping. A 33ª edição da mostra de arquitetura e decoração Casa Cor Rio, que vai ocupar o Fashion Mall entre a próxima terça-feira e o dia 24 de novembro, ocupará uma área de seis mil metros quadrados distribuída por três andares do centro comercial. Nela estarão dispostos lofts, ou apartamentos sem paredes fixas, que têm entre 100 e 180 metros quadrados; estúdios entre 40 e 100 metros quadrados; e áreas comuns como lavanderia, brinquedoteca, espaço compartilhado de trabalho, cozinha gourmet, spa, sala de cinema e jardins abertos.

— Estamos trazendo soluções de moradias menores, mas completas, com sala, local de trabalho, cama, banheiro, cozinha e até pequenas varandas, além das comodidades das áreas comuns, como o quarto de hóspede, muito comum na França, que o condômino pode reservar quando for receber visita— explica Patrícia Mayer, sócia-diretora do evento. — Elementos como pedras em paredes, pisos e mobiliário, madeira para revestimento e plantas se destacam em muitos dos ambientes. O mote deste ano (“De presente, o agora”) nos levou a buscar as raízes, a usar produtos brasileiros e a pensar na sustentabilidade dos materiais. Muitos profissionais utilizaram móveis antigos de família, dando-lhes uma nova roupagem. A arquiteta Natália Lemos, por exemplo, se inspirou nas origens dela, em Minas, onde vivia numa fazenda.

Ao todo, 68 profissionais, entre arquitetos, paisagistas e designers de interiores conceberam os 48 ambientes. A mostra começa pelo terceiro andar, onde foi criada uma área de entretenimento com 12 ambientes de acesso livre, incluindo um bar secreto, restaurantes, três lojas da Casa Cor e uma livraria. O público só precisa adquirir ingresso (R$ 110, no site appcasacor.com.br) se quiser seguir adiante na exposição. Nos dois andares seguintes, foram instalados 17 lofts, nove estúdios e as áreas comuns.

— Essa área gratuita, que funciona como um aperitivo, é uma prática que veio para ficar em algumas praças da Casa Cor. É uma forma de sermos mais amigáveis e abertos ao público, até porque, desta vez, estamos dentro de um shopping — diz a empresária. — A ideia é que as pessoas não se sintam dentro de um centro comercial. Para isso, há todo um trabalho de paisagismo. Os corredores do segundo andar têm canteiros de plantas e assentos que dão a ambientação de condomínio. No primeiro, há um jardim central, com incidência de luz natural. O terceiro também tem muito verde e uma área aberta, com vista para a Pedra da Gávea.

Moradias anexas a shoppings

Moradias com tamanhos modestos nem sempre foram o foco da Casa Cor, que nos últimos três anos realizou suas edições no Instituto Brando Barbosa, um casarão no Jardim Botânico com 12 mil metros quadrados só de área verde ao ar livre, recheada de espécies da Mata Atlântica. A proposta deste ano, destaca Patrícia, se alinha a tendências do setor imobiliário.

— Quando organizamos uma edição da Casa Cor, sempre escolhemos um local que esteja em sintonia com o momento presente e o movimento das moradias. Desde 2021, foi muito importante poder estar onde estávamos, porque era um período pós-pandemia. Agora, é momento de mostrar uma tendência que está a todo vapor em grandes capitais, como São Paulo, que são condomínios atrelados a shoppings, evitando grandes deslocamentos para compromissos do dia a dia, além de estilos mais compactos de moradia. A partir disso, surgiu a ideia de fazer no Fashion Mall, que fez muito sucesso nas décadas de 1980 e 1990, mas estava numa fase ruim. Seria uma forma de proporcionar renovação para um local, o que também faz parte do nosso trabalho — detalha.

No Rio, condomínios atrelados a centros comerciais também são tendência. O CasaShopping anunciou recentemente que erguerá torres residenciais, e a construtora Gafisa, que comprou o Fashion Mall, tem o projeto de fazer o mesmo no local.

A ideia de montar lofts e estúdios nesta edição foi apresentada pela outra sócia-diretora da Casa Cor, Patrícia Quentel.

— No início do ano, fui visitar meu filho em seu apartamento novo, de 48 metros, em Estocolmo, na Suécia, e percebi que as áreas comuns do condomínio, com unidades de até 150 metros quadrados, têm de tudo para atender os moradores: coworking, sala para receber visitas, lugar para fazer churrasco, lavanderia, sala de cinema…Então, pensei: “Quero mostrar isso” — explica ela. — Na Suécia, há a palavra lagom, que só existe no vocabulário deles e significa “o que basta”, “o suficiente”. Você não precisa ter mais do que precisa. E o visitante vai perceber isso na mostra, que, nos moldes atuais, vai servir para inspirar as pessoas para suas próprias casas.

Patrícia Quentel destaca ainda a variedade de obras de arte na decoração dos ambientes.

— Temos uma seleção de todos os preços e tipos de artistas, desde o profissional que não tem galeria, passando por novos talentos, como Jader Almeida e Guilherme Wentz, até nomes consagrados, como Alfredo Volpi, Rubens Gerchman, Oscar Niemeyer e Sérgio Rodrigues. Temos muita arte popular também e trabalhos feitos à mão, como almofadas e cortinas confeccionadas por bordadeiras — conta.

A mostra funcionará de terça a domingo e nos feriados do meio-dia às 21h.

fonte: https://oglobo.globo.com/rio/bairros/barra/noticia/2024/09/22/condominio-no-shopping-tendencia-do-mercado-imobiliario-inspira-casa-cor-rio-2024-no-fashion-mall-veja-ambientes.ghtml

Continue lendo

Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?