Moradora é atacada por capivara na Barra da Tijuca; especialistas explicam como evitar acidentes

Facebook
WhatsApp
LinkedIn

Na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, uma moradora foi atacada por uma capivara enquanto passeava com seu cachorro nas imediações do Canal de Marapendi. O episódio ocorreu em fevereiro e serve de alerta para quem circula por áreas habitadas por esses animais.

As capivaras são consideradas pacíficas, mas biólogos explicam que elas podem se sentir ameaçadas por latidos ou por movimentos bruscos, o que pode levá-las a reagir de forma agressiva.

Esses animais são nativos da América do Sul e conhecidos por seu comportamento tranquilo. São os maiores roedores do planeta, gostam de tomar sol, andar em grupo e se refrescar na água — por isso, vivem em regiões próximas a canais e lagoas.

A vítima, a engenheira Carolina Paz, foi ferida na coxa esquerda e precisou levar três pontos, além de tomar vacinas contra tétano e raiva. Ela relata que o ataque aconteceu quando a capivara se aproximou e acabou se enroscando na coleira de sua cachorra.

“Ela atravessou, se aproximou de mim, se entrelaçou com a coleira da minha cachorrinha. Eu pedi para a cachorrinha se aproximar mais de mim, puxei a coleira. Mas mesmo assim a capivara acabou me atingindo”, contou Carolina. “Eu não imaginava que ela teria essa reação. Sempre achei que fossem animais dóceis. Mas, quando me aproximei, ela deve ter se sentido ameaçada.”

As capivaras costumam ser avistadas frequentemente ao longo do Canal de Marapendi, chamando a atenção de quem passa pela região. No entanto, especialistas reforçam a necessidade de manter distância e redobrar a atenção ao circular com animais domésticos no local.

Segundo o biólogo Marcelo Mello, os latidos e movimentos repentinos dos cães podem ser interpretados como ameaça pelas capivaras, e, diante disso, o comportamento defensivo é instintivo. “Uma forma de defesa delas é fugir e mergulhar na água. A outra é o ataque. Quando ela vê um cachorro — um animal quadrúpede e veloz — ela pode se sentir obrigada a reagir. E, nesse caso, ela ataca”, explica.

A principal recomendação dos especialistas é não se aproximar das capivaras, não tentar alimentá-las e manter os cães sempre na guia. Em caso de ataque, é fundamental procurar atendimento médico imediato.

A convivência com a fauna urbana requer respeito, precaução e informação. Assim, momentos de lazer e contato com a natureza não acabam se transformando em acidentes.

Continue lendo

Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?