Alguns dos principais atletas de jiu-jítsu do mundo, como os brasileiros Paulo Miyao e Júnior Righetti, enfrentando-se dentro de um octógono em busca de finalização. A cena poderá ser vista hoje no Riocentro, que vai sediar o ADXC 7, competição da modalidade realizada pela primeira vez no Rio, após passar por Paris e Abu Dhabi. E o público vai poder assistir de graça. Três mil ingressos estão sendo distribuídos pela Sympla até o início das disputas, às 19h. O evento é promovido pela IVSM, grupo da capital dos Emirados Árabes Unidos.
— O ADXC representa a visão dos Emirados Árabes Unidos de promover as artes marciais em nível global. Hoje, o país emprega mais de mil brasileiros professores de jiu-jítsu, nas escolas, no exército e na polícia. A modalidade é uma ferramenta transformadora, capaz de proporcionar mais disciplina e respeito e formar cidadãos melhores. Poder dar acesso a um evento deste tamanho a pessoas que talvez não tivessem condições de pagar nos parece uma ótima forma de apoiar o jiu-jítsu e seu crescimento. E reforça nossa admiração e parceria com o Brasil, o grande responsável pela cultura da modalidade no mundo — diz Rodrigo Valério, gerente de operações da IVSM.
Atletas de ponta
A noite terá nove lutas. Uma das principais será entre o carioca Rodolfo Vieira, cinco vezes campeão do Mundial de Abu Dhabi, e o americano Derek Brunson, num duelo sem quimono. Outro destaque será a luta, com quimono, entre os faixas pretas Júnior Righetti e Paulo Miyao, este bicampeão mundial.
— Rodolfo Vieira é considerado um dos maiores lutadores da história do jiu-jítsu. Suas grandes características são sua força física, seu jogo de quedas e sua pressão por cima para finalizar. Ele está retornando depois de cinco anos de dedicação exclusiva às lutas de MMA no UFC. Seu adversário é faixa preta, dedicou boa parte da carreira ao MMA também e, no UFC, lutou contra nomes como Anderson Silva e Lyoto Machida — destaca Valério. — Paulo Miyao ficou famoso pelos seus berimbolos, técnica utilizada quando se está por baixo para tentar reverter a situação e dominar as costas do rival. Já Júnior Righetti é uma das grandes promessas; quando era faixa marrom, foi campeão de tudo.Lutas com e sem quimono
As lutas com quimono são o jiu-jítsu propriamente dito; já as sem a vestimenta são chamadas de grappling, uma denominação geral para a luta agarrada, explica.
— O grappling inclui também lutadores de luta livre e greco-romana, por exemplo. Mas o objetivo é o mesmo, dominar o seu adversário e finalizá-lo. A ausência do pano faz uma grande diferença na dinâmica da luta. Sem o quimono, os atletas não têm onde fazer a pegada, já que é proibido segurar nas roupas do adversário. A luta é mais escorregadia e mais física, o que acaba sendo mais emocionante para alguns — detalha. — Já o quimono traz o tradicionalismo da arte marcial e o charme. Marca uma luta, muitas vezes, mais estratégica e com mais variedades de técnica.
A competição será transmitida ao vivo pela plataforma TX7.com; e, no Instagram (@adxcofficial), serão compartilhados os resultados.